"Até que minhas asas derretam..."

Inspirada na figura mitológica de Ícaro, que voou muito perto do sol, este arquétipo a se manifesta na busca constante pela perfeição e pela aceitação dos outros, relacionado com uma autocobrança dura e perfeccionismo.

Assim como Ícaro, a Sacerdotisa Autocrítica tem uma tendência de se cobrar muito, podendo se ver presa em um ciclo de autossabotagem, não reconhecendo suas conquistas e buscando constantemente a aprovação e validação externa. Esse arquétipo odeia cometer erros e fazer as coisas de forma imperfeita. Seu crítico interno é forte, sempre apontando as coisas que você fez de errado e frequentemente lutando contra o sentimento de "não ser bom o suficiente".

Isso pode resultar em:

• Pensamentos do tipo "tenho que", "deveria", "preciso"

• Viver no 8 ou 80: ou se dedica ao máximo a algo para ficar perfeito, ou nem se sente apto a começar.

• Diálogo interno punitivista, que te pune quando erra e tem medo constante de errar

• Sente culpa e dificuldade em descansar

• Sentir-se desconfortável em situações sociais como se não pertencesse ao ambiente;

• Permitir que os outros o tratem com falta de respeito porque você é autocrítico e, no fundo, nem sempre se sente digno de amor e respeito;

• Experimentar a síndrome do impostor sempre que deseja tentar algo novo.

A voz crítica dentro da sua cabeça gosta de ter as coisas sob controle e do seu jeito, precisando sempre fazer um trabalho excelente. Isso lhe garantiu segurança e competência, tornando-a aceita e amada. O erro, por outro lado, ameaça essa segurança; é um instinto primário de sobrevivência. Parece que, se errarmos, seremos abandonados.

Ok, eu sou essa pessoa. Então, por onde posso começar?

1. Explore a origem da autocobrança: Reflita sobre suas experiências passadas e como elas podem ter influenciado seu padrão de autocobrança.

2. Identifique suas "lentes" de autocobrança: Observe como a autocobrança se manifesta em seus pensamentos e comportamentos diários.

3. Busque alternativas para lidar com a autocobrança: Explore maneiras saudáveis de desafiar e modificar padrões autocríticos.

4. Cultive um senso de segurança em seu corpo: Aprenda a aceitar sua imperfeição e pratique técnicas para regular o desconforto emocional.

5. Reconheça seu valor intrínseco: Entenda que seu valor não depende de sua performance ou perfeição, mas sim de quem você é como pessoa.

Esses pontos podem servir como ponto de partida para explorar sua relação com a autocobrança e começar a desenvolver uma mentalidade mais compassiva em relação a si mesmo.

Eu sei como a autocobrança pode ser um desafio complexo de enfrentar sozinho/a, mas você não precisa lidar com isso sem apoio. Como psicóloga, estou aqui para ajudá-lo/a a explorar essas questões mais profundamente, fornecer orientação e ferramentas personalizadas para lidar com a autocobrança de uma maneira mais saudável. Então, se estiver (des)confortável o suficiente, estou aqui para ajudar com o resto :) .

Com amor,

da Psi.