"São correntes tão confortáveis..."

Como o arquétipo de autodúvida da "Andarilha dos dois mundos"influencia sua vida.

Débora Muller

5/20/20242 min ler

Inspirada na figura de Perséfone, que foi levada ao submundo por Hades e se tornou a rainha dos mortos, este arquétipo representa aqueles que se sentem aprisionados em um ciclo de autoexigência, dúvida e indecisão, se sentindo divididos entre dois mundos: entre suas próprias necessidades e as expectativas dos outros. Assim como Perséfone foi obrigada a transitar entre o submundo sombrio e o mundo superior luminoso, essas pessoas muitas vezes se encontram em uma jornada de autodescoberta, lutando para equilibrar suas próprias vontades com as demandas externas. A dualidade de Perséfone reflete a luta interior entre o desejo de autonomia e a necessidade de aceitação social, levando a uma constante busca por validação e segurança.

Assim, você é aquele tipo de pessoa que irradia doçura e consideração, sempre buscando fazer o que é certo e garantir a felicidade alheia. Sua natureza faz com que seja naturalmente querido/a pelos outros, e você tende a evitar conflitos sempre que possível. No entanto, há um lado mais sombrio em sua personalidade: você tende a duvidar constantemente de si mesmo/a e a subestimar o valor de suas próprias opiniões. Muitas vezes, você se encontra em uma encruzilhada ao tomar decisões, buscando incessantemente a aprovação dos outros antes de confiar em sua própria intuição. Suas respostas revelam tamém uma tendência a procrastinar, muitas vezes motivada pelo medo do fracasso ou pela falta de confiança em si mesmo/a.

Essa narrativa pode resultar em:

  • Constantemente questionar e diminuir suas próprias experiências, perguntando-se se está fazendo um alarde desnecessário.

  • Passar tempo demais analisando cada palavra e ação, preocupado/a se terá ofendido alguém sem intenção.

  • Perder de vista suas próprias necessidades e desejos, concentrando-se excessivamente nas expectativas e opiniões dos outros.

  • Procrastinação

Ok, sou essa pessoa! Então, por onde começar?

  1. 1. Autoconscientização Profunda: Explore suas raízes de auto desconfiança, compreendendo experiências passadas que podem afetar sua confiança atual.

    2. Entendimento da Procrastinação: Descubra por que você procrastina, identificando medos ou padrões que o/a impedem de agir.

    3. Reconexão com seus Valores e Desejos: Priorize suas necessidades e desejos, sem se deixar influenciar por expectativas externas.

    4. Estabelecimento de Limites: Aprenda a dizer não quando necessário e proteja-se de sobrecargas emocionais.

    5. Gerenciamento do Desconforto: Desenvolva habilidades para lidar com a desconforto de desapontar expectativas alheias.

    6. Cultivo da Autoconfiança: Construa confiança em suas habilidades e valor próprio, independentemente da opinião dos outros.

Essa conexão mitológica nos lembra que, assim como Perséfone encontra seu poder e se torna a soberana do submundo, também podemos encontrar nossa força e afirmar nossa autenticidade, mesmo diante das pressões externas e da autoexigência constantes.

Como psicóloga, estou aqui para ajudá-lo/a a explorar essas questões mais profundamente, fornecer orientação e ferramentas personalizadas para lidar com a autocobrança de uma maneira mais saudável. Então, se estiver (des)confortável o suficiente, estou aqui para ajudar com o resto :) .

“Somente descobrindo e amando a deusa perdida em nosso corpo rejeitado poderemos ouvir nossa própria voz autêntica.” -Marion Woodman

Com amor,

da Psi.